"Cemitério", de Florbela Espanca

Dramatização do poema "Cemitério", de Florbela Espanca.

Idealizado por Beá Galvão, dirigido por Carlos Rosa e representado por um grupo mínimo de 4 mulheres, acompanhadas de 2 músicos, com violoncelo e surdo.

Atriz protagonista: Lucilene Dias
Narração / encenação: Beá Galvão
Elenco: a definir
Direção: Carlos Rosa

Apresentações anteriores:
Evento internacional Grito Rock – Hocus Pocus – São José dos Campos – 26/02/10;
Virada Cultural “Paris Revirada” – Paraibuna – 17/07/10;
V Mostra Urbana de Teatro – Espaço Cultural Flávio Craveiro – FCCR – São José dos Campos – 21/07/2011;
Sarau Maldito 3° Ato: Morte à Hipocrisia / Ode ao Erotismo - Hocus Pocus – São José dos Campos - 02/11/17.

Objetiva explorar a concepção de morte de uma das mais importantes escritoras portuguesas do início do século XX, apresentando ao público esta visão de forma poética, como toda a vida e obra da autora.

Sinopse: O esquete "Cemitérios" é uma dramatização do poema homônimo da poeta portuguesa Florbela Espanca (1894-1930). Nesta montagem, sob direção de Carlos Rosa, apresenta a visão feminina e romântica da morte, bem ao gosto de sua criadora. O texto e a encenação mostram um ritual de passagem - quase um batismo, o renascimento - de uma recém chegada ao cemitério.







11.06.16 - Teatro, Vinho & Poesia, em Rimas da Minha Vida

Teatro, Poesia e uma taça de vinho...
Que tal?
Para começar o sábado, 11/06, véspera do Dia dos Namorados!


11/06/16 - sábado
20 horas
Espaço Corpo Cênico

No espetáculo "Rimas da Minha Vida", Bê Galvão nos conta, com charme e criatividade, a história de suas paixões - e de tantos nós - utilizando poemas próprios e de poetas que estão ao alcance do nosso abraço, como Elomar, Zenilda Lua, Juracy Ribeiro, Josefina Neves Mello, Myrthes Masiero,  Pedro Ernesto Cursino e de seu pai, Edson Galvão, além das aclamadas Anna Akhmatova e Cecília Meireles
.
Com grande experiência em declamação e interpretação de poemas em Saraus e eventos diversos, Beatriz Galvão alia seus conhecimentos literários à dramaturgia, dando movimento a textos de escritores de destaque da literatura valeparaibana, além de outros historicamente consagrados.


Literatura, história, música e teatro em cena, com dinamismo, criatividade, competência e simplicidade!


Direção, Adaptação e Produção: Bê Galvão
Elenco: Bê Galvão
Direção musical: Geraldo Felipe dos Santos (Geraldinho)
Roadie: Wagner Ferro

Duração aproximada: 40 minutos 


Ingressos limitados
Inteira: R$ 20,00
Meia: R$ 10,00
Ingressos antecipados (até 09/06 - quinta-feira) ganham uma taça de vinho durante a peça.
Inteira: R$ 20,00 Meia: R$ 10,00
Promoção para casais DE TODOS OS GÊNEROS: R$ 30,00 o par

Todos terão direito a 1 taça de vinho!

RIMAS DA MINHA VIDA no PHOTOZOFIA ARTE E COZINHA - 17/08/2013









Preparando com muito carinho e tinta dourada, sob efeito de um delicioso incenso de mirra, ao som de Ana Maria de Carvalho, um artesanato para presentear os 30 primeiros queridos que chegarem no Photozofia para a apresentação do Rimas, dia 17/8/13.
 
 

RIMAS DA MINHA VIDA no MAPA CULTURAL PAULISTA

RIMAS DA MINHA VIDA no MAPA CULTURAL PAULISTA
1ª fase - municipal



RIMAS DA MINHA VIDA", com Bê Galvão

28/06/13, sexta-feira, às 20h, no Espaço cultural Flávio Craveiro
(Av. Lênin, 200 - Dom Pedro I - São José dos Campos/SP)

GRATUITO

Compartilhem e compareçam!


COMO CHEGAR: pode ir pela avenida Cidade Jardim ou pela avenida Andrômeda ou pela avenida Salinas, sentido Zona Sul. Depois de passar o Posto de Gasolina que fica no encontro da Salinas com a Cidade Jardim, passa os predinhos, e pega a 1ª à direita para R. Maria de Lourdes M Assis. Vai até a rotatória e já avista o espaço à sua esquerda. A entrada costuma ser pela rua de trás.


Fonte: http://fccr.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2161%3Asao-jose-escolhe-peca-de-teatro-para-o-mapa-cultural-paulista&catid=148%3Afccr&Itemid=197

SINOPSE de "Rimas da Minha Vida"

No espetáculo "Rimas da Minha Vida", a atriz Bê Galvão nos conta, com charme e criatividade, a história de suas paixões - e de tantos nós - utilizando poemas próprios e de outros poetas como Elomar, Zenilda Lua, Juracy Ribeiro, Josefina Neves Mello, Myrthes Masiero, Anna Akhmatova, Pedro Ernesto Cursino, Cecília Meireles e de seu pai, Edson Galvão.

Com grande experiência em declamação e interpretação de poemas em Saraus e eventos diversos, Beatriz Galvão alia seus conhecimentos literários à dramaturgia, dando movimento a textos de escritores de destaque da literatura valeparaibana, além de outros historicamente consagrados.

Selecionado para a VIRADA CULTURAL PAULISTA 2011, foi dos espetáculos mais disputados pelo público.

Literatura, história, música e teatro em cena, com dinamismo, criatividade, competência e simplicidade!

Direção, Adaptação e Produção: Bê Galvão
Elenco: Bê Galvão
Direção musical: Geraldinho
Roadie: Wagner Ferro

Duração aproximada: 35 minutos
Contatos:

bipcultural@gmail.com

(12) 8802-4540 - Oi

(12) 9124-4543 - Claro

(12) 8138-7877 - Tim

(nunca no horário comercial, tá?)

São José dos Campos - Vale do Paraíba - SP

RIMAS DA MINHA VIDA na VIRADA CULTURAL PAULISTA 2011


Rimas da Minha Vida - Beá Galvão

14/05,  sábado, às 19h,  na Sala Mário Covas (antiga câmara de São José dos Campos), situada na Praça Afonso Pena.
Capacidade: 100 pessoas.

Gratuito.


O espetáculo "Rimas da Minha Vida" cresceu, amadureceu, e recebe o reconhecimento tanto do público quanto dos profissionais culturais.

Nesta nova fase, com direção musical e acompanhamento do músico Geraldinho, passar a ter aproximadamente 50 minutos de duração, mantendo a qualidade e aumentando a identificação com os ouvintes.

Para o seleto público da Virada Cultural, os artistas envolvidos estão se esmerando em ensaios, pesquisas e muito preparo para encher de orgulho os presentes.

Roadie: Wagner Ferro




.

Mais informações e programação completa: http://www.bipcultural.blogspot.com/

Músicas do Espetáculo "Rimas da Minha Vida"

Diretor musical: Geraldo Felipe dos Santos



Somente instrumental, por Geraldinho:

"Beatriz" - Edu Lobo e Chico Buarque http://letras.terra.com.br/chico-buarque/45115/

"Sete Cantigas para Voar" - Vital Farias http://letras.terra.com.br/vital-farias/380164/

"Mulher" - Custódio Mesquita e Sady Cabral http://letras.terra.com.br/emilio-santiago/45699/

"Pagu" - Rita Lee e Zélia Duncan - http://letras.terra.com.br/rita-lee/81651/

"Cotidiano" - Chico Buarque - http://letras.terra.com.br/chico-buarque/82001/

"Pedaço de Mim" - Chico Buarque - http://letras.terra.com.br/chico-buarque/86030/

"Eu Te Devoro" - Djavan - http://letras.terra.com.br/djavan/45523/

"Ai, ai, ai, ai, ai" - Ivan Lins e Vitor Martins - http://letras.terra.com.br/ivan-lins/46428/

"Elegia" - Augusto de Campos e Péricles Cavalcanti - http://letras.terra.com.br/caetano-veloso/44723/

"Bachianinha nº 1" - Paulinho Nogueira - http://www.youtube.com/watch?v=tOv9K-u2-AY

MULHER AO ESPELHO - Cecília Meireles

Hoje que seja esta ou aquela,

pouco me importa.

Quero apenas parecer bela,

pois, seja qual for, estou morta.



Já fui loura, já fui morena,

já fui Margarida e Beatriz.

Já fui Maria e Madalena.

Só não pude ser como quis.



Que mal faz, esta cor fingida

do meu cabelo, e do meu rosto,

se tudo é tinta: o mundo, a vida,

o contentamento, o desgosto?


Por fora, serei como queira

a moda, que me vai matando.

Que me levem pele e caveira

ao nada, não me importa quando.



Mas quem viu, tão dilacerados,

olhos, braços e sonhos seus

e morreu pelos seus pecados,

falará com Deus.



Falará, coberta de luzes,

do alto penteado ao rubro artelho.

Porque uns expiram sobre cruzes,

outros, buscando-se no espelho.

EX-OFFICIO - Beatriz Galvão Nogueira

Esse feitiço que me consome

Esse encantamento que não passa

nem com reza braba

nem com sal grosso três sextas-feiras



... me faz tão bem!

"Novos Ares" - Beatriz Galvão Nogueira

Fogoágua


As gotas de vinho

escondidas sob minhas vestes

Escorreram com a

água.

O desejo de embriagar-te

Só dissolve

na tua saliva.

Terra

Não senti a gravidade

no teu corpo

Não senti teus pelos

na minha pele

Nem teu cheiro, teu gosto

Tuas mãos, tua língua

teu gozo.

Só os meus lençóis.

Ar

Nunca escrevo o terceiro poema

Aquele, celebrando o amor.

São sempre dois

Dois copos

Dois corpos

Duas histórias

Um fim

sem meio

Anna Akhmatova

...

Mas a ti, a ti eu celebrarei em meus versos,

como mulher alguma jamais fez.

Tu, querido, relembrarás tua amada

no paraíso que criaste para os olhos dela.

Enquanto isso, eu comercio estes tesouros:

teu amor, tua ternura, vou vendê-los.

PRAZER EM APAIXONAR-ME ou RIMAS DA MINHA VIDA - Beatriz Galvão Nogueira

PRAZER EM APAIXONAR-ME ou RIMAS DA MINHA VIDA - Beatriz Galvão Nogueira



Tanto fiz por ele...

emagreci,

me bronzeei,

cuidei dos cabelos,

pus rimas na minha vida...

quando percebi

estava apaixonada... por mim!!!


Quando percebi,

estava apaixonada por mim!

Pus rimas na minha vida,

cuidei dos cabelos,

me bronzeei,

emagreci.

Ah! Tanto fiz por ele...

Pesca a Dois - Pedro Ernesto Cursino

Acasos programados na noite-dia.

Desencontros frustrantes.

Frustrados. Frustração.



A cor que norteia meu sul.

Que me guia, cachorro cego.

Mexe e remexe com a minha libido.



Tumultua meu eu e seu.

Mexe e remexe meu sossego.

Desabafos desabafados.

Caos pacífico e pacato. Faço e faço questão.

De servir e ser servido.

De ser fisgado.

E fisgar.



Peixe que cai na rede.

Sendo fisgado pela minha vara.

Sem anzol. Sem isca.

Apenas pelo prazer de ser pescado.

Fisiológico - Pedro Ernesto Cursino

Quero que tudo aconteça.

Aconteça, role.

Mas que tudo vire.

Se são os pés, de ponta cabeça.

Se são as cabeças, nas pontas dos pés.

O que me importa, o que nos importa, é das cabeças aos pés.

Do que o coração anda,

a mente anda,

o corpo anda,

todos andamos.

PRAZER EM APAIXONAR-TE - Beatriz Galvão Nogueira

Até que numa noite, sob a Lua e a música de Geraldinho:

— Beatriz...

— Você que gostaria de conhecer o George Horácio, do Zine?

— Ao seu dispor!



As tochas de fogo realçavam sua aura.

Na sombra do seu rosto, pude ver a face mais bela, a brilhante pureza de seus olhos e o sorriso mais delicioso naquela boca ainda cerrada após o irônico galanteio.



Era da altura dos meus sonhos.

Seus braços, do tamanho do meu travesseiro.

O peito quente, peludo talvez, me aninharia anos a fio.

As pernas - grossas com certeza - me acompanhariam livremente.

E os pés, ah! os pés, macios (ou com meias), roçariam os meus em noites memoráveis.



— Muito... prazer, Beatriz!

O ÚLTIMO BRINDE - Anna Akhmatova

27/03/1934



Bebo à casa arruinada,

às dores da minha vida,

à solidão, lado a lado

e a ti também eu bebo –

aos lábios que me mentiram,

ao frio mortal no olhar,

ao mundo rude e brutal

e a Deus que não nos salvou

DUELO ÍNTIMO - Myrthes Masiero

Esta noite,

fora do meu costume,

eu me nego a me deitar nessa cama vazia

enrolada nos restos de tua ausência

prolongada

e sempre impune...



esta noite,

prefiro dormir sozinha e encurralada

neste abandono,

sob a coberta pesada

de minhas emoções extenuadas,

no chão frio do meu sono...



Prefiro qualquer coisa

a ficar aqui nessa noite sem fim

a esperar que tua ausência

tão presente e contínua

estenda sobre mim

neste corpo sem dono

os restos mortais de um amor

desgastado,

esfarrapado

e em ruína...

FRAGMENTOS BRANCOS II - Josefina Neves Mello

lava os pratos

tendo por patrão

os ponteiros do relógio



essa mulher

pêndulo de nervos

sobrevive no limite

entre a santidade /

e a blasfêmia

COM LICENÇA POÉTICA - Adélia Prado

Quando nasci um anjo esbelto,

desses que tocam trombeta, anunciou:

vai carregar bandeira.

Cargo muito pesado pra mulher,

esta espécie ainda envergonhada.

Aceito os subterfúgios que me cabem,

sem precisar mentir.

Não sou feia que não possa casar,

acho o Rio de Janeiro uma beleza e

ora sim, ora não, creio em parto sem dor.

Mas o que sinto escrevo.



Cumpro a sina.

Inauguro linhagens, fundo reinos

— dor não é amargura.

Minha tristeza não tem pedigree,

já a minha vontade de alegria,

sua raiz vai ao meu mil avô.

Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.

Mulher é desdobrável. Eu sou.

BARREIRA - Juracy Ribeiro

quem fala comigo

nesse tom

nunca vai tirar

o meu batom

nem içar bandeiras

tampouco desbravar

minhas entradas